domingo, 12 de dezembro de 2010

Um presente que eu recebi:

Porque esse tipo de presente faz parte dos meus favoritos.

Encantamentos

Tu, flor bárbara, faz-me feliz com teu desabrochar de pétalas delicadas...
Tuas folhas devem ser as verdes que encantaram outrora Quintana...
Mas teus doces sabores, vindos de tua fonte de vida, me fez encantar – mais do que ao verdadeiro poeta.
Teus pensamentos, a fonte, me fizeram pensar no que quero,
Fazem-me pensar mais, pensar... E agora penso...
Em quatro dias te olhei, em todos agora estarás...
Não mais pela sutileza tua, perceptível, em detalhes, disposições e formas, clarificadas aos olhos alheios...
Não mais pelo belo – quão belo é tudo, quando estás, em minha volta...
Levarei comigo, a composição desta flor bárbara, pelo conjunto dos sentimentos que a formam...
Que meus olhos, simples, perceberam na tua simplicidade, no teu toque suave, no sorriso, no acanhamento...
Queria que a flor estivesse, com suas folhas verdes variantes, em todos os sonhos...

-> Rodrigo de Assis
12/12/2010
1h38min

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Matinal da Noite


É quando os Rayos vêm invadir, pela janela, anunciando o dia. E a mente, de uma (in)lucidez latente, pede calma, sossego, paz. Quero voltar a dormir. Porque acordar cedinho nunca foi o meu forte. Fico tonta, irritada – e irritante. Impaciente, viro do avesso, de um humor meio nazista, meio suicida, meio totalitário.

Não. Continuarei deitada, porque esse mundo de realidades distorcidas parece não estar à minha altura. Eu preciso de sinceridade. É. E, ultimamente, as pessoas resolveram não o ser para comigo. Eu sinto que não são. Eu as sinto como quem sente o gosto da água: vem pra te amenizar de qualquer coisa, quando, na verdade, não te trazem sabor algum. E é o que eu queria que me chegasse: um sabor desinibido, destemido, deus. De uma incoerência insana, de qualquer heresia subumana, de qualquer desejo do coração.

Sim. Eu queria mais que tudo isso. E é de uma urgência duvidosa. Porque essas janelas não passam de uma grande farsa, uma falsidade: onde estariam minhas asas, para que eu pudesse, enfim, voar bem alto, até outra dimensão, de estrelas brilhantes, de gentileza? Incompreendida, quem sabe. Pois voar poderia ir muito além de mim e dos outros, do outro, de quem se visse voante. Para qualquer lugar em que os olhos e seus olhares valessem mais que qualquer nota de cem. Ou o abraço aconchegante, apertado, bem apertado, do tipo que não se quer largar, fosse reconhecido como necessidade.

Talvez alguém consiga, ainda, sentir esse tipo de coisa, um arrepio. Talvez eu deixe de ser chamada de utópica. Talvez qualquer mortal se abra e diga a si mesmo o quanto precisa sentir o ser, o viver, os sentidos todos, coloridos. Como as luzes da alma, que nos tocam a nuca.

De borboleta em borboleta, eu alimento meu estômago. E o vôo se dará de dentro para fora, em formato parecido a um feixe de luz. Radiante de alma e sensibilidade. Em paix.

É. Voltarei ao meu leito-lunar-iluminado, embora o sol insista em querer me embalar. Contemplando a energia especial das estrelas, tão minhas, tão belas, tão elas, tão reflexo de mim.

Porque sedimentos incoerentes corroem.

Do devaneio que não faz sentido, encantam-se meus sentidos todos.

“O que não faz sentido é o sentido que isso tudo tem.”

sexta-feira, 29 de outubro de 2010


([A]mar-[Go]sto. Na boca, nos olhos, na alma)³

domingo, 17 de outubro de 2010



Que pessoas e anjos, às vezes, se confundem.
E é tão doce... <3

quarta-feira, 6 de outubro de 2010


Você pode embebedar o corpo com o álcool.
Mas para embriagar a alma e o coração é preciso uma droga mais forte:
uma dose de sentimento.
Basta.
Se, sob efeitos colaterais, o coração apertar,
a alma reclamar que o álcool e essa droga maior não estão a surtir efeito,
suplicar uma droga mais forte ainda,
eu diria:
submerja seus olhos em ébrias-inocentes doses de lagrimitudes.

Depois vem a ressaca.
E só há um antídoto:
Paix.

domingo, 22 de agosto de 2010

Eu fico com o sei lá, no talvez, no não sei... [não há de ser grave, só clave] *-*

domingo, 8 de agosto de 2010

A concepção da realidade é moldada por valores morais adquiridos durante a formação social do indivíduo, fazendo-o desenvolver o conceito de certo e errado, a partir de verdades impostas pelos agentes socializadores. a esses valores impostos à sociedade, em favor dos que dominam, a fim de controlar suas ideias e atitudes, além de justificarem as contradições sociais, dá-se o nome de ideologia.

Através da imposição, a ideologia molda o pensamento da sociedade, controlando-a a partir da educação e da ideia de moralidade, penetrando em sua visão de mundo, de realidade, conceitos estes erguidos através da formação social do indivíduo. Assim, o poder ideológico a conduz a seguir os interesses próprios de quem domina, tornando as desigualdades e a própria subordinação como sendo coisa natural e, pior ainda, necessária, correta.

Essa naturalização das contradições sociais, das desigualdades, da subordinação existentes na sociedade é interessante para os que dominam. Pois, quando as pessoas se permitem impregnar pela ideologia, aceitam tudo como natural e inquestionável, portanto não desenvolvem o pensamento crítico em relação ao que está sendo imposto, entregam-se, assim, aos agentes controladores.

É importante que, por mais vulnerável que pareça estar-se às tantas ideologias impostas, regentes da sociedade, desenvolva-se um pensamento crítico, faça-se uma reflexão sobre tudo que está sendo imposto. A partir da reflexão pessoal, é possível perceber as contradições mascaradas pela ideologia e, assim, desenvolver a própria ideia e visão de mundo, desenvolver, pois, um pensamento mais independente.

[dissertação em aula]

sábado, 7 de agosto de 2010

Estranhamente, hoje senti saudades daquela camisa de time, listrada de preto e vermelho, vindo em minha direção, enquanto eu, recostada na cerca de ferro e olhando para o nada, ajeitava meus fones de ouvido, envolvida pela música, no meu vestido xadrez. Tremi, intrinsecamente, em seu abraço, disfarçando o tom que enrubescia meu rosto, tímida. Mas segui junto. Segui.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

E vi o prédio. Meio que inesperadamente. E, no reconhecimento, emoção. Foram tantas as coisas ali vividas. Aprendi além. E, enquanto eu contemplava lembranças a partir daquela paisagem, que pra mim estava carregada de significado, as pessoas ao redor não conseguiam entender o que fazia uma garota sozinha, parada, olhando para o nada.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

— Mas por que essa ansiedade toda?

— É uma ansiedade contida. Faz tempo que não me há o que esperar. Como um primeiro dia. É. Os dias têm sido todos ferozmente iguais. As novidades estão se guardando. Eu estou bem assim, ironia ou não. Mas ainda é como se faltasse algo. Falo de novos ares. Um primeiro dia de aula, digamos. Apresentar-se. Conhecer o novo. Aprender novas coisas. Ir mais além. Descobrir surpresas. Porque, sim, eu sempre gostei dos primeiros dias de aula, na época do colégio. Mas ultimamente não tenho tido coisas assim. Ao menos não ainda. Tem me sido um saco o último ano. Talvez eu melhore quando entrar na faculdade e, finalmente, me houver um primeiro dia. Um dia surpresa. E essa ansiedade se esvaia, seja consumida.

— Eu poderia te dar um primeiro dia e participar de tua ansiedade. Consumí-la junto a ti.

— Mesmo? E como seria?

— Tu poderias ter um primeiro dia como minha. Te encantaria esse?

— Ah, não sei. Encantar, encantaria. Mas só aceitaria se não fosse apenas um primeiro dia. Que, depois dele, houvesse mais milhões de infinitos dias. Não me leve a mal, mas prefiro conter minha ansiedade, continuar na segurança de meu mundo, no caso de não ser assim... Uma dose não me basta, entendes? Aliás, talvez eu não precise que me entendas. Mas, sim, que me sintas, que queiras me sentir.

— Entendo, entendo sim. De verdade.

— Que me dizes?

— Eu digo que te sinto, que quero te sentir. Quero te encantar nesse primeiro dia. Nos dias mais. Quero te tirar da segurança de teu mundo, pois o meu já não é o mesmo sem te ter. Então sairíamos de nossos mundos, numa fusão deles, transmutando-os para um que fosse só nosso. Uma dose não basta. Não nos basta. Então, aceite. Me aceite. Seja minha.

— Aí, então, quê seríamos nós?

— Seríamos nossos. De um nosso inefável. Um nosso qualquer encantado.

— Sejamos nossos, então. Porque tu, meu, já me encantas...

Queria tuas mãos suadas e um frio em tua barriga, um arrepio, ao imaginares minha presença, uma, digamos, reciprocidade de leve.

Não é pedir muito, é?
Avista-se a capa, o título. Lê-se a sinopse. Interessante. Sente-se o cheiro do desconhecido, de livro novo, atração pela escrita, pelas páginas ocultas. E abre o livro. Vem o prefácio. As apresentações, os desejos iniciais. Folheia minuciosamente. Ler com calma, mesmo querendo seguir depressa. Cada avançar de páginas, descobertas, sem previsões. E se vai lendo, relendo, paginando... Sentindo, entrando, deixando-se invadir. Um desejo de avançar mais. A cada letra, uma forma. A cada palavra lida, uma sensação. E se vai lendo, relendo, paginando... Extraindo das palavras sentido, formas, universos. Das letras, a sensação de fala. Comunicação. Vontade de não parar, folhear mais e mais, descobrir cada linha, invadir as entrelinhas, explorar os parágrafos. E se vai lendo, relendo, paginando... A criar universos do dito, e do não-dito, identificando-se. E se avança mais, explora mais, aprecia. Deixa-se discorrer, sentir o capítulo. Repaginando ao se perder. Cria-se uma ligação, um apego. E, a cada releitura do todo, uma nova percepção, mais profunda, mais íntima. Um novo olhar sobre o infinito, a quebrar horizontes. E se vai lendo, relendo, paginando... Deixa-se cativar. Encanta-se mais e mais. Identifica-se mais e mais. Apaixona-se.

A gente poderia se ler. Paginando e repaginando...

terça-feira, 20 de julho de 2010

[certas coisas que a gente escreve são impublicáveis]

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eu realmente fico irritada quando as pessoas insistem em querer saber "por que você está triste?", quando não existe uma tal resposta.
Talvez eu não saiba, talvez nem queira saber. Mas preservo meu direito de chorar vez ou outra, de achar que as coisas não vão bem, e pensar que vai passar. Que vá passar, é o que a gente espera.
Às vezes não sente isso. Mas acredita -- afinal, é uma força. Acreditar. E eu acredito sim. Ontem me vi numa tristeza tão grande que achei melhor ir dormir. Algumas lágrimas vieram. Mas e daí? Me fez melhor? Não sei. É cedo pra saber. Só que eu tenho gente que se importa comigo e isso me anima. É uma razão para acreditar.
Me sinto muito sentimental. E me sinto como "quem é mais sentimental que eu?"
Talvez eu tenha entendido errado, talvez tenha transformado um qualquer coisa em grandiozidades, talvez eu nem tenha feito nada. Só tenha sonhado demais. Só imaginado. A pergunta que mais martelava minha consciência antes de pegar no sono era "mas.. por quê?". Não sei. Talvez aquele que me fez achar errado saiba. Mas eu não quero saber.
#TPM

Vai fazer um mês esse 'manifesto da melancolia'. É a prova de que, esse ano, a TPM resolveu rir da minha cara. Definitivamente, quer se aproveitar da minha falta de experiência com tal. Não sei mesmo lidar com isso. O desajuste emocional está incontrolável! Pisando em minha razão. O que é isso? Cadê o respeito para com a minha pessoa? Eu hein! Só uma observação aqui: eu não sou doida-psicopata-anormal. Hehehe.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Uma dose de amnésia, por favor!



Ela estava sonhando, ok. Mas era um sonho a dois, ou apenas ela podia ver, sentir?

De verdade, estou na dúvida. E não há nada mais angustiante, deprimente, sofrível, pertubardor, letal, pra mim...
Da dúvida, o medo de fazer tudo errado. De, pior, entender tudo errado. Por que assim? Como se pode fazer? É tão estranho.
Ora, parece ser, ora não. E a dúvida, digo sem medo, é pior que a recusa. Como pode ser?
Achei tão diferente e lindo, que esqueci de perceber se era real. Novidade mais perversa de se deixar feliz, sem cuidados, precauções. Uma atitude que eu nunca tive, que é o se envolver, deixar-se envolver. Foi mais forte do que eu, não resisti...
Não sabia que eu era assim, que poderia me permitir ser assim. Achava-me mais racional, confesso. Mas, de uns tempos pra cá, tenho sido emotiva e mostrado livremente minha alma. Eu não concordaria com isso antes de você. É absurdo. Mas pensei que pudesse ser diferente. Aliás, parecia-me diferente, sincero, avesso a essas relações doentias e fracas que eu tanto tenho testemunhado por aí -- e que tanto tenho repulsa. Era você. Não, era eu e você.
Surgiu literalmente ao acaso, sem mais. E bangunçou minha mente, minhas entranhas mais profundas, me consumiu. E eu não pude fazer nada. Nem tentei reagir. Deixei-me levar pela melodia suave e sedutora, atraente, leve, forte... Deixei-me levar pela tua imagem, por como você conseguiu, como nunca antes ninguém, me envolver delicadamente. E isso me fez tão feliz que eu acreditei ser realidade, ser possível. Nunca havia sorrido com tanta vontade, felicidade, pensando em alguém. Nunca meus olhos haviam brilhado assim, nem, menos ainda, tinha me visto tão tímida e medrosa perto de alguém, sem palavras. E pensei pela primeira vez que o indefinível pudesse estar a me sorrir, a me acenar. Um qualquer coisa incrível, que foi surgindo e surgindo, do tipo que te deixa flutuando e você nem acredita que poderia ser possível existir algo assim, tão inefável, e, principalmente, acontecer pra você... É. Talvez não tenha sido como pensei e, consequentemente, não tenha sido comigo. "Por que achei que teria essa sorte?"
Mas agora, me parece ser só eu aqui. Só você aí, de longe, sem nenhum envolvimento. De qualquer forma, estou aqui, como sempre estive nesse tempo que vivi: eu, comigo, com um toque de indiferença e apego contido.

[Não sei se estou entendendo errado também, pode ser. Como já disse, a dúvida é cruel. Talvez seja essa melancolia que insiste em fazer parte da minha TPM, ou não. Ou talvez, ainda, seja esse meu medo incrível de ser enganada, mesmo que por mim mesma. Vai saber...]

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Não tem razão de ser

Quando as pessoas entenderem que não são melhores pela cor da pele e que a integração entre eles foge de qualquer convenção racial, então, alcançar-se-á um patamar harmônico nas relações.

A sociedade tem que perceber que, enquanto o branco tiver preconceito com o negro [e vice-versa], o rico com o pobre [e vice-versa], o feio sempre existirá dentro dessas cabeças doentiamente adestradas.

Acham que são seres pensantes. Acreditarei nisso quando vir a sociedade crer que as diferenças apenas enriquecem...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vejo o conceito de ‘certo’ e ‘errado’ como algo que a gente aprende a partir do que nos mostram. Mas, percebo que cada um constrói seu ‘moralismo’ e que às vezes é tão diferente que se torna ‘errado’ para quem julga — e aí quem está julgando é visto como errado pelo outro, e assim vai…
Mas aí, o que acontece? Algumas muitas pessoas vestem a face de ‘normal’ e ‘perfeitamente enquadrado’ perante os outros e ‘quando ninguém está vendo’ estouram, se libertam.
Acho que o fundamental é respeitar o espaço do outro. Se assim for, faça o que bem entende.
Todos temos desejos. Todos.
Isso não é condenável. Condenável é, sim, a hipocrisia que, aliás, é grande.
Percebamos…

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Um comentário meu, que surgiu em Ars Erotica Flutuante / Também Quero falar, de André L. Fernandes.
E como eu gostei dele, está aqui.

domingo, 20 de junho de 2010

E eles se casaram em mais de um país. Queriam compartilhar com todos os amigos, todas as culturas, todos os povos, todas as cidades a felicidade de estarem juntos até agora. Passou-se tanto tempo e eles ainda viam brilho no olhar um do outro. O coração ainda sentia saudade com a ausência do outro, daquelas que você sente um vazio profundo, gelado, uma dor. Só queriam selar mais uma vez o amor que os unia, festejar tamanha magia que ainda os tomava por inteiro. Celebrar o amor, em seu real sentido, que é não precisar de sentido algum pra existir, e ainda assim penetrar e contaminar todos os seus sentidos, antes mortos, inertes, e transmutá-los em uma unidade existente entre um e outro, apenas. Sintonia. Um qualquer coisa único e mágico. Inefável.

Acho lindo casais que se permitem amar profundamente. Que têm suas almas encontradas, mesmo nesse mundo tão frio, estranho, cinzento e amargo. E se dão de presente um futuro colorido de sentimentos. Um infinito. Paix.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Era uma galeria de arte. Eu estava perdida e não sabia o que fazer. Olhava os arredores, nada me parecia familiar. Era tudo muito diferente... O clima, a arquitetura, as pessoas, o ambiente em si. Andei pela galeria, a fim de encontrar pelo menos alguém com quem pudesse conversar e saber onde eu estava – e por que estava ali – mas todos estavam muito atarefados, cheios de afazeres e obrigações inadiáveis. Meus olhares, perdidos, não sabiam mais por onde me guiar. Meu corpo, já bastante cansado, suplicava que eu parasse, que sentasse e tomasse água. O fiz. Enquanto estava lá, num banquinho de parede, todo feito de pedras, rústico, lindo, me veio um senhor com um porta-retratos bem artesanal, feito de madeira, todo trabalhado. Fiquei, não sei por que, com medo na hora. Por que ele me dava um presente? Eu estava ali, perdida, e todos estavam a me ignorar. Ele insistiu. Peguei o presente, meio grata, meio confusa. Depois ele volta com outro presente, desta vez em um envelope. Era uma carta, aparentemente. Tudo sem uma só palavra de ambas as partes. Depois disso, chorei desesperada ao ver que o gentil senhor começou a estremecer-se e caiu no chão. Tentei reanimá-lo... E nada. Ele havia morrido e eu nem o disse obrigada pelos presentes.
E assim, eu acordo na minha cama, deitada e com uma sensação estranha. Entro na net e descubro que houve uma morte, de um senhor, muito parecido com o senhor dos presentes de meu sonho. E percebi não cheguei a ler o segundo presente, que, aparentemente, era uma carta, uma despedida...
Fico me perguntando por que sonhei isso... Se nem o conhecia, nem o lia, apenas sabia sobre ele... Minha inquietação maior é por não ser a primeira vez que sonho algo estranho e o fato em si acontece... Medo, medo, medo.

[quando vou sonhar sério assim que conheci "aquela" pessoa e com os seis tão esperados números? hahahaha]

segunda-feira, 14 de junho de 2010

É. Chega até a ser interessante, lindo, profundo e misteriosamente charmoso. Mas acho mesmo que não nasci pra isso. É que tenho "homericidades" transcendentes e fortes demais pra que o platonismo me agrade por muito tempo. Não é avassalador ver, querer e não poder tocar, sentir, desfrutar. É, sim, deprimente. E assim eu vejo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Paix

Engraçado como uma palavra pode, dentro da sua cabecinha cheia de idéias e vontades, ganhar proporções maiores e mudar o sentido.
Hoje, ao escrever uma frase que descrevia um momento de paz profunda, o qual eu queria vivenciar, me veio uma idéia bem interessante [pelo menos pra mim]; pensei em algo a partir da palavra “paz”.
Pensei: em francês, "paz" deve ser “Paix”. E era mesmo. Mas aí uma idéia já havia surgido na cabeça. De “Paix” para “paixão” falta só o sufixo. Falta só a emoção. A realidade. Na verdade, o indicativo de aumento.
Então, na minha infinita percepção de letras e palavras, o que pode se tornar um joguete vicioso, transformei a “paix” em uma variante de intensidade de “paixão”. Coloquei-as dentro da mesma “família”, digamos assim.

Nova definição [variação]:
Paixão: aumentativo de paix; uma paix grande.

Porque o importante mesmo não é a regularidade da coisa, nem a existência de significados palpáveis. Misture tudo e apenas sinta...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Pontes

Sempre quis ter uma. Elas sempre me encantaram. Meigas e fortes, estavam sempre ali criando laços. Exalando leveza, paz. Uma travessa de sensações.
Pontes, que ligam, que estabelecem contato. Que te deixam entre o que foi e o que estar por vir. Linha tênue entre o aqui e o lá. Transição. Espaço no qual se pode decidir se vai ou se volta. Ou se simplesmente se permanece lá, sem nem sentir o mundo, submergido em pensamentos...

Em uma.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Só existe uma coisa pior que homem machista: uma mulher machista!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Lago

Não é que eu tenha dado sinal verde. Nem, menos ainda, concordado com isso. A questão é que nada se encaixa. Onde fui achar esse buraco no qual eu me deixei cair? Aff. Às vezes, me olho no espelho e pergunto ao reflexo: – quem é você e o que faz no meu corpo?
É. Por um segundo é até cômico. Mas depois disso, não é mais. Uma tremenda babaquice.
Fantasio demais as coisas, dou forma e adornos. O que, aliás, toma minutos inteiros do meu dia só pensando, divagando, explorando essa minha cabecinha deveras tosca e suficientemente extensa – momentos estes em que eu poderia, e deveria, estar estudando. O que há mais a ser explorado por aqui? É, fico bastante empolgada com coisas sem razão de ser.
Gosto de conversar comigo mesma. Não é solitário saber que me acompanho, que me observo. É, sim, confuso às vezes. Só isso. Eu começo a pensar, lembrar, conectar as coisas. E fatos que eu nem lembrava mais da existência retornam ao campo de minha mente. É bom. Me sinto revivendo e, mesmo que constrangedor, a sensação é das melhores. É como se, nesses instantes, eu não estivesse nesse mundo, nesse corpo, nesse plano. Perco os sentidos, literalmente. Só permanece em mim a capacidade de pensar [imaginar, pra ser mais exata]. Chego a esquecer que minha alma habita em um corpo por aqui e, guardada as devidas proporções, é como se eu abandonasse esse local. Me sinto flutuar. Me sinto expandida pelo espaço, além da matéria. Dormência. Sensação de estar voando, de estar sendo alimentada por boas vibrações.
Depois dessa leveza, o que palpo é uma densidade. Sim, depois da dormência vem o mergulho num lago sem fim, profundo e brilhante. Encantador – empolgante. Esqueço de tudo nesses instantes e fico só vagando pelo fundo desse lago e explorando tudo que ali dentro há. Misterioso, por vezes, claro mais acima, escuro mais ao fundo. E existem correntes de lembranças lá dentro. Eu sinto. Eu vejo. São como imagens, que a gente pode, por um instante, tocar com os olhos. Um projetor, rodando cenas de sua vidinha, inconstante e suprema.
Entre outras mil, vi uma cena de um passado que nem existia mais pra mim, mas que, de certa forma, está altamente conectado à minha explosão de pensamentos de agora. Esse turbilhão de cores que eu teimo em enxergar, em dar vida. Mas nem é por vontade. É impulsivamente. A culpa não é minha, pelo menos não de verdade. [aliás, o que seria verdade nesse contexto?]
Noooous!
Por mais legal que seja esse momento e por mais empolgante que me pareça, depois vem a reflexão. Como é que eu deixo coisas tão sem sentido, tão bobas, tão desajustadas invadirem meu mundo dessa forma? Alôu, alguém aí dentro? Mas, diga-se, é excelente se desprender do corpo algumas vezes e voar pra longe, bem longe, onde não haja verdade, nem realidade, nem mesmo necessidade de coerência. Ou qualquer que seja a necessidade. E tudo que te rodeia não represente nada, não interfira em nada, não passe apenas de mera coincidência...
E, por mais absurdo e infantil que pareça, por mais que eu não encontre encaixe para nada disso, simplesmente, me deixo invadir pela graça, dou aquela risada cheia de gosto e percebo que depois de um momento submergida nesse lago, nada pode me furtar a calma, a paz. A leveza...


Pode até não fazer sentido [ô novidade, alguma coisa faz?], mas a sensação me faz lembrar uma frase de um livro:
Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Entrave

Minha impulsividade me consome. Não acho que seja ruim isso. Apenas me constrange deveras. E me vejo, entre o mundo real e o abstrato. Entre o ego e o id. Entre o mundo que enxergamos e o das idéias. Não dá pra compreender tão simplesmente. É possível mesmo que eu flutue, mas quem poderá entender que seja real, pelo menos para mim? Eu, sempre tão desajeitada para certas coisas, sempre tão doutrinada para outras – sempre núcleo de mim.

Me encantei com uma foto. Uma foto! Seria normal essa pessoa? Sinceramente, às vezes penso se tenho mesmo sanidade mental. E depois disso? Várias atitudes oriundas de sabe-se lá quem, que ao entrarem em contato com a minha consciência, de maneira atrasada, fizeram com que eu quisesse sumir. E é irônico.
Pensei. Não entendi. Que vergonha!

Aliás, vejo a vergonha como um entrave entre o que você quer fazer e não faz, por medo de recriminação. É, foi isso mesmo que eu senti – estou sentindo. Minha liberdade me constrangeu. E isso e inédito. É a tal da vergonha que se sente diante daquilo que nos desperta curiosidade e interesse, mas não podemos buscar, por não haver coerência, sem parecer loucos de pedra. É o entrave.



E me senti a mais infantil das criaturas...

ID

terça-feira, 27 de abril de 2010

Devaneio Inconsciente

Suponho ser real. Não sei. É como uma força maior, mas não vejo realidade nela. Não é nem bem realidade, mas sim coerência. Falta coerência. Acho que coerência chega mais próximo do que não há nesses pensamentos, nos quais eu busco, crio e sinto a imagem perto de mim. Com atitudes, anseios e carinhos.
Ah, esse êxtase ímpar, que é só meu, e a sensação, que me eleva, me trazem paz e me fazem sentir leve... Uma ausência de gravidade única! E o lampejo? Esse, certamente, é o gás de toda a graça que me traz sorrisos inocentes e imaturos, sem contar nos sonhos anestesiantes e nos pensamentos alucinógenos.
É um tipo de droga, que te ganha, te prende, te devora. E, inicialmente, você pouco sabe, ou acha que sabe, sobre ela. Um caminhar às escuras.
Mas, se às escuras é, como saber do meio e fim, quiçá do começo?
É tão estranho. Sensação boa, mas estranha. É tão complexa que por vezes não sei sequer organizá-la em pensamentos. É confuso.
Enfim...
Não dá para pôr em palavras...

Doce ilusão alheia

Não vou ceder, por pressão ou opressão que seja. Não vou deixar que guiem meus pensamentos e minhas atitudes. Menos ainda meus sentimentos. Não poderão, sequer, compartilhar de minhas idéias. E não irão, sob hipótese alguma, exigir de mim aquilo a que todos que prezam pelo bem comum e estável defendem, se eu não achar coerente. Não sou, não sei e não quero aprender a ser de papel. Artificial. Uma moeda bonita e sem valor. Sou o que sou. E sempre serei. Sempre estarei me aperfeiçoando em tudo que acredito. Minhas crenças são protegidas por direitos autorais. Minhas atitudes são respondidas com responsabilidade. E caso não haja responsabilidade, ainda assim as responderei. Pois sou justa. Minha sanidade pode ser, para eles, irregular. Mas quem pode definir o que é certo e errado nos princípios humanos e sentimentais? Eu sei ser sincera, sei dialogar para entender e passar idéias. Sei como ser feliz. Embora tenha me resguardado num murmúrio de sofrimento por um tempo, consegui me livrar de um cárcere e não vou entrar em outro de forma alguma. Tenho minhas idéias e meus ideais. Sou humana e quero algo perfeitamente natural: a felicidade!
Lamento se não agradar, mas eu sou assim. Sou de postura. Não sou irredutível, mas defendo tudo que eu realmente acreditar até o fim. Custe o que custar. E, acima de tudo, me defendo sem relutância.
Nem se iludam supondo que poderão me submeter a qualquer que seja a opressão. Eu não concedo minhas idéias e atitudes. Não vou ceder a quem não sabe o que é liberdade. E, principalmente, não me concedo a vocês!
Eu quero paz!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

De que valem as cores...




... sem a essência?

domingo, 11 de abril de 2010

Desabafo de um ex-bicho-grilo

Hoje, lá no trabalho, conheci um homem cuja fisionomia não transmitia preocupações gritantes. Ele deveria ter lá seus cinqüenta anos. Um proleta, posso defini-lo assim. Em dois minutos de conversa com ele identifique seu sujeito. Era um homem de vida simples, não sofrida, mas apertada. Era alguém pelo qual eu teria pena, ou, em outra essência, julgaria um pobre coitado. Mas, no entanto, perguntei- me se talvez ele não fosse lá mais feliz do que eu. Perguntei-me não, essa idéia palpitou em minha mente. Eu estava certo disso. Sua expressão não lamentava horrores, nem, menos ainda, reclamava evolução. Era um sujeito pacato.

Seus predicados não eram nobres, seus modos também não. Seu sujeito o entregara facilmente a mim, mas seus predicados me levaram a uma extremidade de pensamentos, nos quais as idéias sempre se encontravam em conflito. Curioso. Ele era feliz. Ele era pobre. Ele era ignorante. Era um ninguém. Um ninguém que despertara em mim uma curiosidade tremenda de conversar-lhe e conhecer-lhe a essência, os pensamentos, o nível.

E eu, com meus quase cinqüenta anos. Eu, com toda minha intelectualidade. Eu, que sempre fui gênio de mim e do mundo. O sempre admirado por todos. Aquele que a angústia constante e o conflito interno atingem forte e concomitantemente. Minhas preocupações são exacerbadas. Meus medos enormes. Minhas frustrações gritam como crianças famintas. Suponho que minha capacidade de pensar além do que me entregam fora a causa primordial de tudo isso. O que, por tabela, torna aquele pacato homem um sujeito de alegrias. Afinal, para os proletas, que vivem num mundinho limitado, qualquer honraria é mera coincidência e qualquer que seja o esforço, não vale à pena. Eles vivem daquilo que não escolhem e aceitam tudo o que lhes é imposto. Não por gosto, mas percebo que eles decerto não entendem bem o que se passa. Assim, acabam por levar a vida de forma rude e grotesca, por conformidade .

Penso cá, e lá, olhando para ele, sobre essas diferenças entre nós. Minhas preocupações, como já citei, berram. Pergunto-me todo dia se vou melhorar, se vou conseguir, o que deixei de fazer, como pude me transformar no meu sujeito, já que meus predicados eram mais subversivos. Penso ainda se ser bicho-grilo não coincidiria mais com minhas idéias. Mas não. Vivo numa sociedade que não me permitiu escolher se seria gente, ou se seria grilo. Esse ambiente exila – tenta exilar —qualquer manifestação de raciocínio, qualquer vestígio de inteligência. Qualquer que seja seu ponto de vista, pode ser um nado contra a corrente.

No caso do pacato homem, ele simplesmente não vai além do que eles querem que se pense, ou melhor, impense. Ache que pensa, melhor dizendo. Ele é do tipo que não contesta por não saber que precisa, ou que seja possível. Seja um incrítico. Aceite e ame sua vida, tal qual é. Animal, eu diria. Só que sem instintos. A qualidade não supõe vida e a quantidade satisfaz...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Pilar


“A amizade é a página mais linda da vida. Tudo passa. Tudo acontece. Mas os bons momentos, a gente nunca esquece.” Adriana Mayara
Coisas que já nem são lembradas, momentos vividos e arquivados na memória. A inconstância da vida e suas sutilezas... Arrepio!
É arrepio a definição mais próxima do que senti há pouco. Quanta saudade intrínseca!
Em poucos instantes, cenas de parte de minha vida foram se apresentando, concomitantemente, de modo a me fazer voltar no tempo e abraçar a saudade de coração limpo. Cartinhas fraternais de amor. Sim, amor é a essência do que sinto pela autora das cartas. Nossas tantas brincadeiras infames, nossos tantos embaraços amorosos, nossas tantas vividas aventuras, nossas máximas de “que mico” e “dane-se”, nossos tantos arrepiantes planos, nossas encrencas mal resolvidas para com os outros. Os outros e só! Nós éramos o protótipo da união, da amizade, da, digamos, perfeição. Se o amor tivesse registro, decerto, seríamos o número 01.
Foram três as que me restaram. As cartas. A primeira lida foi a mais engraçada de todas. Falávamos de romances com nossos “paqueras”, enquanto estes estavam conjugados em pseudônimos femininos. Lembro-me bem de que um amigo nosso pegou essa cartinha e disse algo como “por um minuto, tive dúvidas quanto à sexualidade de vocês”. Foi uma graça só. Mas o mais cômico, e muito mais entorpecente, eram nossas angústias do tipo “é o fim do mundo”, ou pior, “acho q vou morrer”.
Incentivo, força, amor, proteção, confiança, bem estar, clareza. Sem dúvidas, uma amizade sem limites.
Por tantas vezes, não soube o que fazer;
Por tantos motivos eu chorei;
Por mil sermões que ela me deu;
Por mil maneiras me compreendeu;
Por cem mil milhas... Ou mais que isso,
Seria o meu destino, sem pestanejar.

E a vida perdeu um pilar quando passamos a conviver menos. A constância, devo admitir, era uma forte aliada. Mas eu digo, sem medo de errar: nada mudou em mim. Sou a mesma. Ingênua até certo ponto, criança um momento também. Mas, a amiga de sempre – e mais que sempre – está e estará sempre. A liberdade que me proporcionaste foi singular. Irradio-me, sempre, quando me lembro das nossas mil e uma noites de conversa antes de dormirmos, das nossas horas irremediáveis ao telefone (nossas mães que o digam), nossas tão pautadas histórias a contar sobre nós mesmas. E o mais importante: sempre ouvintes fiéis uma da outra.
Terás sempre minha fidelidade, minha paciência, minha dedicação, minha amizade. Minha constância, mesmo que distante. Tua felicidade faz a minha. O que sinto por ti é por uma irmã. Tenho-te sempre em meu coração. O gritante e saboroso é saber que de dentro de uma, esconde-se a outra. E por fora, a magia da amizade navega devagar, flutuando e cantando como uma leve brisa num dia de outono.

Minhas falhas lembranças são verdadeiras. E eu estimo muito você. Nem imaginas o quanto.
Continuas sendo minha visão de amizade.
Afinal, quem conhecia uma, era óbvio que conhecesse a outra. Pensou em Adriana, pensou em Bárbara.
“Quando penso em você, fecho os olhos... Que saudade!”

Antes, te via todo momento.
Tua voz e tuas idéias me eram constantes.
E nossas razões caminhavam juntas.
Agora, apenas te vejo virtualmente,
Tua voz quase que se emudeceu para mim e,
Nossas idéias espalharam-se pelo vento...
E, no entanto, o esplendoroso sentimento ainda existe.
É, definitivamente, forte.
S2

Quero dedicar tudo que escrevi a esta grande pessoa intensa em minha vida, que, por o destino ser infiel, termos perdido aquela constância de antes, embora eu saiba, dentro de mim, que a afinidade de sempre continua a existir.

De uma singela amiga.






"Hoje somos jovens, felizes e amigas. Amanhã não seremos mais jovens, talvez nem feliz... Mas sempre amigas!"

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Enquanto vêm com máscaras, eu vou com a face... E ganho mais!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Já nem parece gente...

... parece mais um bicho! [no sentido figurado de ser nojento, diga-se, porque até mesmo os pobres animais são higiênicos com seus lares]


Como é possível, inconseqüentes?
Como pode se fazer real?
Pois não é só você, nem só dessa vez...
São milhares com esse pensamento, que é (idiota) insano, imoral, irracional...
Consigo, comigo, com o nosso lugar!

Sim. Por que não entendes que este lugar também vos pertence?

É, isso mesmo!
Vejo, infelizmente, todos os dias, muitas pessoas que simplesmente não entendem, ou são (burros) irresponsáveis o suficiente para não se preocuparem e, ainda mais (ojerizante) grave, passando essa “cultura imunda”, literalmente falando, aos pobres mortais que estão chegando agora...

Lamentável!
E mais ainda...
Repugnante!

Como esperam poder exigir algo dos representantes políticos neste âmbito, limpeza urbana (e por que não rural), se não fazem o mínimo, que é "jogar o lixo no lixo".
Rios, ruas, o próprio mar, a paisagem em geral acabou-se, ou melhor dizendo, foi acabada...

Por favor!
Acordem! Despertem dessa inerte preguiça, desse gosto pelo mais fácil que só atrai desordem a todos!

É homem, é mulher, é criança, é rico, é pobre, é nojento...
A nojeira impregnou a educação doméstica e também a alma das pessoas.
Não por falta de informação... É puro desleixo mesmo!

Qualquer (idiota) pobre coitado entende que lixo nas ruas causa entupimento em bueiros e outros escoamentos, atrai pragas ao moradores, estes que parecem conviver tranqüilamente com as doenças trazidas por tudo isso [se matem, mas sós], polui por centenas de anos, destrói ecossistemas, persegue os coitados dos animais silvestres, que nem têm culpa da insanidade humana, além de causar uma poluição visual, odora, enfim, destrói a paisagem e a saúde da cidade [e como já disse, também do campo].

Quantas vezes já viajei e a paisagem era pura sujeira?
Quantas vezes no ônibus a pessoa ao lado simplesmente abriu a janela para jogar o lixo na rua?
Quantas vezes já vi pais ensinando os filhos a seguirem esse caminho (ridículo) abominável?
Quantas imagens e reportagens já vi sobre a invasão desse lixo aos ecossistemas de animais inofensivos, que foram deformados e até mesmo mortos, impregnados por lixo físico e químico?

[exemplo de uma tartaruga-marinha, inocente, que foi atingida (pela falta de cérebro do homem) por lixo plástico]


É. Parece que quanto mais democratizada a informação, menos as pessoas buscam o que se preste... O que realmente é importante!


--->Se vocês não sabiam, eis a oportunidade de conhecer, e entrosar-se, com o mundo real:

1º – O lixo, principalmente os inorgânicos [maioria], são os piores, pois demoram séculos para iniciar a decomposição. Ou seja, Vocês vão morrer e deixar essa herança imunda para seus cognatos;
2º – Existe limpeza nos transportes coletivos [acreditem, existe sim]. Se vocês não têm o hábito de limpar seu carro, não achem que todos são iguais. Outra coisa, é muito mais inteligente colocar seu lixo dentro de sua bolsa, envolto em um saco, de preferência que seja de papel [ou façam igual a mim e nem usem saquinho algum. É menos um lixo, concordam?], enfim, para jogar na lixeira de casa. Afinal, seu lixo doméstico será recolhido... Bem, deduzo que vocês, pelo menos em casa, usem a lixeira [hohoho];
3º – Se vocês são (nojentos, sujos, sebosos) mal-educados quanto à isso, não queiram eternizar esse seu estilo de vida. Se não têm nada de produtivo a ensinar, não ensinem nada;
4º – Os animais são criaturas lindas e inofensivas, além de não serem responsáveis por nada, nada mesmo, que os seres humanos, que se dizem tão racionais e superiores, fazem para sua auto-destruição.
Deixem que pelo menos eles tenham o direito e a honra de recuperar a vida e dar continuidade [e consigam regressar também à vida] ao nosso [será nosso mesmo?] planeta, que é maravilhosamente lindo, exuberante. Se vocês fazem de seu habitat um lixão, não façam o mesmo com o lar dos outros, combinado?

Sinceramente, não quero nem imaginar como é o lar, se é que se poder ser chamado assim, desse tipo de pessoa.

“E a paisagem da sua cidade fica cheia de lixo"

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Este texto é direcionado a todas as pessoas que até sabem o que se passa, mas fazem questão de deixar a vida ao relento e se preocupar apenas com qual será a próxima festa, qual o próximo celular dos sonhos que, em menos de seis meses,vai substituir seu atual.

Ou "qual roupa ficará melhor", "quem é a fim de mim", "o sapato do vizinho supera o meu", "o que é aquecimento global? Tá fazendo frio aqui", "quero uma TV LCD 50'', "não estou nem aí pra ambientalistas", "eu vou morrer mesmo, dane-se quem for ficar", ou ainda "qual a melhor fase da lua pra conquistar o carinha".

Poupem-me ¬¬'

/

E muito obrigada a quem concorda comigo. *=)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

*=)

Qual alimento serviria para alimentar tu'alma?

É verdade. E bem verdade. As lágrimas, fiéis companheiras, fazem-se lavar os olhos, talvez a mente...

Mas a alma... Ah, esta, decerto, inscreve-se e ao mesmo tempo guia o devaneio das mentes. E assim, traduzem-se pelos olhos, mas apenas para quem sabe enxergar...


E iluminar-se com os sabores - e por que não também com os dissabores - que as lágrimas podem nos propiciar, é indescritível...