terça-feira, 3 de agosto de 2010

Avista-se a capa, o título. Lê-se a sinopse. Interessante. Sente-se o cheiro do desconhecido, de livro novo, atração pela escrita, pelas páginas ocultas. E abre o livro. Vem o prefácio. As apresentações, os desejos iniciais. Folheia minuciosamente. Ler com calma, mesmo querendo seguir depressa. Cada avançar de páginas, descobertas, sem previsões. E se vai lendo, relendo, paginando... Sentindo, entrando, deixando-se invadir. Um desejo de avançar mais. A cada letra, uma forma. A cada palavra lida, uma sensação. E se vai lendo, relendo, paginando... Extraindo das palavras sentido, formas, universos. Das letras, a sensação de fala. Comunicação. Vontade de não parar, folhear mais e mais, descobrir cada linha, invadir as entrelinhas, explorar os parágrafos. E se vai lendo, relendo, paginando... A criar universos do dito, e do não-dito, identificando-se. E se avança mais, explora mais, aprecia. Deixa-se discorrer, sentir o capítulo. Repaginando ao se perder. Cria-se uma ligação, um apego. E, a cada releitura do todo, uma nova percepção, mais profunda, mais íntima. Um novo olhar sobre o infinito, a quebrar horizontes. E se vai lendo, relendo, paginando... Deixa-se cativar. Encanta-se mais e mais. Identifica-se mais e mais. Apaixona-se.

A gente poderia se ler. Paginando e repaginando...

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