quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Através...

Aos olhares da platéia:
-Ela? É tudo na minha vida, eu a amo demais!

Nos bastidores:
-Ah, é um inferno! Pra mim, ela já passou da hora...

É, às vezes achamos que conhecemos alguém, quando na verdade conhecemos o que esse alguém, de modo arquitético, nos apresenta... E é tão decepcionante!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Idealogando...

Você para, pensa... Qual deve ser o meu ponto de partida?

Estava lendo na madrugada e, dentro de uma introdução de blog, vi a seguinte frase: "não sei o que dizer, mas tenho muito pra falar"
De primeira, percebi que não sou a única com uma mente borbulhante e, simultaneamente, com uma voz inibida casualmente...

No momento me veio uma cena de um sonho. Nela, eu estava numa escola, escondida de pessoas que estavam me perseguindo a fim de roubarem minha mente (ridículo, eu sei... mas enfim), eu estava na defesa de direitos. Sim, eu estava escondida numa escola estadual, na qual as aulas eram jogadas ao vento, como um detalhe a ser adiado a cada respingo de crueldade e descaso, que sobram nestes locais.
Lembro-me pouco deste sonho. Sinto mais a sensação que me tomou durante ele... Eu senti desesperadamente como é ser perseguida, o que aliás vem sendo frequente em meus sonhos... Mas, muito além disso, percebi que se os chefes dessas escolas se fazem tão inertes, é porque lá precisa-se de alguém como eu fui no sonho: eu reivindiquei meus direitos. Afinal, se naquela situação não havia salas de aula sobrando, teoricamente, (pois na realidade havia, mas não estavam com vontade de largar a revista Caras e nos guiar até a sala) o que pude fazer foi dircursar à secretária presente sobre o que era uma escola. Não é local que se vai uma parte do dia e se joga conversa fora, marca uma presença... É preciso transmissão de conhecimentos, de princípios, de valores. É preciso incentivar o desenvolvimento de mentes, a formação de pensadores conscientes. E, muito além, externar as idéias construídas. No meu sonho - e por que não na realidade - deixavam-nos ao relento, esperando a hora de irmos embora. Ansiosamente.

E, no momento em que li a frase, lembrei do sonho que tive... E nele eu dizia:
Fecha a garganta e abre a mente, até que a garganta se abre e a mente se expande além de uma cabeça. E toma muitas outras cabeças, invadindo, assim, suas mentes.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Teatrando...

Às luzes dos holofotes, faz-se o que está ditado no roteiro... Segindo a linha, os improvisos são quase escassos. E a verdade é realmente ilusão. Pois o que se mostra são espetáculos ensaiados e milimetricamente planejados. Analisando-se os prós e os contras. O que de fato tem-se que fazer. É no palco das relações que a validade de ser honesto não é nem nula: ela simplesmente não existe.

Usa-se, na verdade, máscaras de vidro, que na queda dos bastidores se divide em milhões de pedaços. É lá, nos bastidores, que se vê a realidade. Afinal, lá não se faz necessário improvisar ou executar um roteiro. Tem-se, verdadeiramente, a face nua de alguém cuja vida se limita aos palcos, que depende da platéia para produzir mais. Noas bastidores, a realidade não carece de ensaios.

E, quase sempre, essa personagem, de tanto interpretar papéis diferenciados, acaba por não saber quem de fato é, pois nos bastidores não existe platéia para elevar o ego. Nos bastidores está a liberdade de ser autêntico. Quando não é isso que importa para esse tipo de ator, pois só lhe é válido interpretar vários sensos e várias faces, a fim de conquistar tão somente plátéia.

E só isso a ele importa...