quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ciências humanas aquém do aspecto de HUMANIDADES! (eu ainda acrescentaria a proposta de um pouco de reflexão sobre vida e, mais ainda, sobre Vida em maiúscula, no que se refere aos sentidos, no que se toca a sociedade constantemente aflita, em que se devia considerar a realização e a satisfação em se estar vivo. Penso sim, como tu, que poderia ser qualquer um de nós. Nós mesmos estudamos sobre os fatores sociais que influenciam essa atitude. Mas, além disso, eu me pergunto como conseguimos vendar os olhos para a questão humana que se tem nisso. Além de ciência: espiritualidade. Além de estudos: o sentir. Além de nós mesmos e nossos interesses: o outro. Penso, mesmo, que o mal estar na nossa sociedade tem chegado a proporções gigantescas. E me preocupo. E são tantas pessoas, tantos amigos, tantos desconhecidos e tanta gente querida que vive entre a gente. E a gente nem sabe. Ou melhor: não percebemos. Penso sempre no fator existência e acho não só envolvente, mas perturbante, essa questão do ser em si sem ser o outro. É só um desabafo, também, acompanhando aqui. São fatos - tristes fatos - como esses que agridem os sentidos de quem se importa. Se passa tanta coisa pela minha cabeça. Eu procuro não imaginar nada sobre a vida de quem se jogou. Mas aí fico pensando nas vidas que ainda vivem, ou acham que vivem, e me pergunto: até quando? Até quando viver será suportável para nós? Até quando, principalmente, aceitaremos como natural, nesse conformismo destruidor, a nossa realidade de MAL ESTAR, em pessoa, em ser, em essência, em sentidos, em VIDA - ou quase vida que pensamos estar vivendo -, quando muitos de nós morrem por dentro e aí nada ao redor os alcança, pois seus sentidos estão mortos? A minha maior preocupação é essa aceitação da destruição do espírito. E a culpa nem é nossa. Nosso meio nos proporciona o sentido individual de existir. Enquanto somos encorajados ao individual e a vestir a carapaça da indiferença. Um é fraco. Um é triste. Acho que até a nomenclatura HUMANIDADE está questionável. É conflito. É tensão constante numa pseudo humanidade conformada a existir sem vida. Seja literalmente, ou não. Eu escolho viver. Mas até as nossas escolhas para a liberdade sofrem coerção social. Pessoal. E alguns de nós, de tão frágeis, não aguentam. E convivemos com isso. Queria que todo mundo refletisse e pensasse, justamente como Walter colocou aqui, a que tipo de formação [deformação?] estamos sendo submetidos e, pior, estamos aceitando.)

Mais um ser que sequer conhecemos pulou [e quem sabe o porquê?] do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, da UFPE, o prédio-símbolo do abandono da vida. Do abandono do ser. Do ser humano. De ser humano. Humanidades? E não são as ciências humanas, mas o que fazemos com e para ela. O que o termo "humanidades" vem deixando de significar na vida dos estudantes, que, em sua maioria, vira a cara e finge normalidade diante do absurdo. Reflitamos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011


Tem essa coisa de algo só existir se você pensar como existindo. Ou de só poder ser pensado pela condição de existir - acho essa última meio limitada, porque acaba freando a capacidade de criação.
Aí vi uma frase hoje, aqui mesmo no Facebook, que me fez perceber que não sei se penso em você existindo, e aí então você existe, ou se penso em você porque você existe. Mas penso. E você existe. E penso em você porque você existe e, muito mais que isso: você existe porque eu penso em você. Mesmo que não exista, penso. Porque essa existência é uma questão de ponto de vista, ou melhor, de existir no pensamento. Você no meu pensamento.
Você.
(Ah, a frase foi: pensa em mim pra eu existir.)

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