sábado, 29 de novembro de 2008

Companhia

O conforto de cada caminho pela vida depende dietamente de quem o seguirá conosco...

[...]

-Ansiosa, nem sei se vai dá certo. Acho que minhas veias invertem o sentido só de pensar.

-Mas pra que tanta angústia?

-Ah, só porque todos me dizem que não vou conseguir. Puxa, mas eu acredito em mim. Algo me diz que posso. Mas todos me dizem que não. E agora? Só eu me entendo, só eu acredito. Não sei bem o que fazer.

-Espere, tenho algo.

-Seria uma faca?

-Não, é um coração.

-Hum... E de que me serviria?

-Nele você pode se apoiar, procurar abrigo.

-Neste coraçãozinho?

-É. Ele vai estar sempre com você.

-Mas é pequeno demais. Será que aguenta tudo que trago comigo?

-Ele está com você e assim aguenta tudo.

-Não sei, mas vou tentar. É que continuo achando que não serve.

-Desculpe, esse era o único que eu tinha...

[X]

Pode até ser ruim. Mas dependendo da companhia, torna-se ao menos suportável. Basta apenas que a enxerguemos e reconheçamos seu valor.

S2

sábado, 22 de novembro de 2008

Rotina

Meio-dia, me apresso; Meia hora, já contesto;
Meia-noite, só regresso... Ao desmensurável sono renovador!
E é infinita a alegria que me envolve numa fantasia;
Que me leva a nostalgia de um futuro que nem sei. Ou sei?

E nessas horas minha mente reclama,
Coração já balança... Sinto o sabor daquele beijo
Que há muito já não sinto. Mas será que sinto,
Neste meu recinto?

A saudade é dura, vem sem compostura; Vem mesmo sem doer.
E quando se vê já é tarde, tudo torna-se tempestade,
Tudo enloquece com dor... Ou com amor?

Mas nem é tão ruim assim, pois que seria de mim sem esta?
Que nas profundesas do meu desatino habita. Mas,
Ao acordar vejo-me pronta para recomeçar, ao meio-dia...