quinta-feira, 24 de maio de 2012


"O comportamento irracional, por sua vez, é derivado de crenças irracionais".

O sangue-nos-olhos do ódio-sem-fim de certas circunstâncias pode ser apaziguado com "a morte do autor" do ódio (muito especialmente quando este é um ser e tem plena consciência do que está fazendo - ainda que se trate de uma ação irracional por crenças irracionais, pois consciência em relação aos resultados e irracionalidade em relação à execução da ação podem ser coisas combinadas).
Mas nada de destruir vidas na realidade instituída: o negócio é matar todo mundo dentro de um conto urbano, ou na figura de um desenho-pintura, criando outra realidade, paralela e na vigência das suas próprias vontades, principalmente por ser um lugar de império da vontade individual, sem agressão aos direitos ou às vontades alheias na realidade instituída em comum..

Energia canalizada ao criativo..
Alivia - e, sim, ainda vai te proporcionar risadinhas de total hostilidade.

Afinal:
"o lugar da razão deve exceder ao princípio moral ou à ação irracional".


(hoje eu matei alguém - e há nanquim pelo contorno)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

21 de Março de 2012, Quarta-feira. Madrugada.

Uma urgência em te ter pertinho logo.
(talvez eu tenha a famosa [e clichê] pressa, o tal desespero, dos jovens, que têm em dez anos metade de suas vidas. E é isso suficiente para que se apressem em fazer suas vontades com certo desespero mesmo, refletindo a fugacidade da realidade que conhecem. A vagueza de certezas do que se pode chamar de "longo prazo" e a aflição de talvez não se conseguir realizar todos os 187 itens da lista de coisas a fazer antes dem morrer. O "aqui e agora". Já que, para eles, dez anos são todo o tempo que conhecem como metade da vida, o que, para alguns, pode ser o tempo suficiente da quase morte. Talvez ajude a justificar minhas vontades - cheias da tal pressa desesperada -, que, muitas delas, em suas infinidades, correm pra ti.)

- É o autor Saudade quem assina essa carta.

Eu diria agora que, olhando mais atentamente, minhas vontades se manifestam racionalmente e geralmente vêm cheias de sobriedade. Mas isso quando elas não têm nada a ver com você.

Anti-antídoto
da loucura,
traz, ele, em si
por todo o ser
- o ser em si, 
se fazendo em dois -
felicidade.

É você inteiro, nutrindo o autor-de-cartas outra vez: no aqui e no agora.