quarta-feira, 22 de abril de 2009

De qual tipo é a sua máscara?

Existem as que só de olhar, denunciam suas fissuras, entregando-se. Revelam seu pouco tempo de uso, ou sua formação a curto prazo, fazendo-as problemáticas e necessitárias de troca. Esta é a mais defeituosa. Cai e muda frequentemente, pois sua força simpelsmente não existe. Ela é, pois, a menos usada, visto que nenhum usuário de máscara gosta de ficar mostrando seu rosto às pessoas.

Tem também as temporárias, aquelas usadas apenas em determinados momentos, como agir graciosamente com quem você detesta a fim de evitar conflitos. Essa é mais conhecida como "saber viver", mas particurlamente, não gosto nem um pouco dela. Afinal, melhor esclarecer qualquer que tenha sido o mal entendido, ou simplesmente ignore, ou seja o que for.

Têm, ainda, aquelas em estágio avançado, a qual já se fez parte da pessoa a tempos e ninguém mais lembra o real rosto que está escondido por trás desta. O detalhe para ela ser tão perfeita é que sua criação é antiga, seu aperfeiçoamento é gradual e a longo prazo. Ou seja, esta máscara é aquela que facilmente nos engana, nos parece ser um rosto real, quando na verdade não passa de uma simples máscara, mais uma no mundo. Mas não se engane: se você usa deste tipo, certamente será reconhecido por outros usuários dela também.

Dizem que a perfeição é rara, mas esta última máscara é a que eu mais encontro por aí...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Meu Precioso Paradoxo

Nunca me questionei de onde deveria tirar forças para qualquer que fosse a situação. Afinal, eu sempre tivera as coisas de modo fácil e indolor. De certa forma, a falta de problemas fora bastante prejudicial à minha formação pessoal. Mas como presente do destino, eis que surge o mais terrível de todos - e também o mais compensador, devo dizer assim. aquele que ao mesmo tempo que me marcara para sempre, me levou a um patamar inimaginável para tantas pessoas.

No momento em que me vi frente ao abismo, segurei os galhos que na barreira se encontravam com todas as minhas forças, mas eles eram muito fracos. Não consegui. E então subitamente caí. Foi inevitável o surgimento de feridas quando cheguei ao fundo. Arranhões, cortes... Muitas chagas abriram-se em mim. Uma experiência inesquecivelmente ruim. Ao perceber-me ali, cogitei se de fato conseguiria retornar ao topo em que antes estava, por ser imenso o medo de tentar subir, visto que foi por aquele mesmo caminho minha depredação. Então, depois de dias difíceis, decidi que o faria, porque se assim não fosse definharia até o fim sem ao menos ter tentado reagir à tudo aquilo. Foi aí que reuni minhas contidas forças para subir e sair daquele abismo sombrio no qual eu estava.

Sempre enxerguei meus braços como a parte mais frágil de meu corpo e, de maneira paradoxal, eles eram a única opção que eu tinha para conseguir subir. O bom foi que na parede havia muitos galhos - aqueles que me arranharam e feriram meu corpo inteiro. Meus braços, tão frágeis braços, intermediaram a mais esplêndida subida, pela qual consegui observar o caminho de um modo incrível, que não poderia nunca no momento da queda. Enquanto subia, vi muitas pessoas na mesma situação que eu. Estavam tentando alcançar o topo. Curioso, pois não havia ninguém lá em baixo comigo quando caí. Resolvi perguntar o motivo pelo qual estavam ali. As respostas foram as mais diversas e eles sempre diziam que o deles era o mais grave. Eu apenas tinha caído no abismo. Estranho, pois todos nós havíamos caído. A diferença estava na razão pela qual tínhamos ido à beira do mesmo. Eu, particularmente, estava apenas tentando ver meu reflexo no lago que havia lá por perto - mesmo que este reflexo não fosse tão nítido, ou bonito, afinal de contas, eu não conseguia me enxergar tão bem quanto posso agora - quando uma ventania furiosa me jogou penhasco abaixo.

Quanto mais eu subia, menos pessoas haviam. Parecia que eu estava num ritmo mais acelerado do que todos à minha volta. E de fato, eu não estava me preocupando com qual problema era mais grave e sim que todos nós estávamos na mesma situação, inerentemente aos antecedentes. Bem, este certamente foi o principal motivo a me fazer chegar antes de todos eles, visto que minha determinação a conquistar o topo era tão real e imparcial ao que havia ao meu redor, que eu não estava interessada em questionar se meus braços eram os mais fracos, ou se eu demoraria tanto quanto eles, já que estavam há muito tempo em pontos pelos quais passei com devido mérito - não facilmente, pois meus braços eram fracos e eu precisei fazer mais esforço do que em toda minha vida. Pensando bem, como já citei, nunca havia feito grandes esforços por nada.

Ao fim da trajetória, minha conquista foi sublime, pois ela era proveniente de mim, apenas de mim. E mais ninguém. Não havia platéia ou bastidores. Era apenas eu, os galhos e o topo. Estava revigorada, não por completo, pois as feridas ainda doíam um pouco, e era inevitável que eu ainda sofresse ao tocá-las. Algum tempo depois, ainda estavam abertas, porém bem mais cicatrizadas. Hoje, consigo olhar o mundo sem medo, pois, por mais que eu lembre tristemente de tudo que me foi ruim, sei que de lá tirei aprendizados brilhantes para toda a minha vida. Confesso que por muito tempo entristecia-me ao relatar aquela trajetória fúnebre. Mas tudo isso me trouxe uma forte certeza: eu posso tudo que quiser. Eu posso até mesmo cair, mas não será no mesmo abismo. E quando acontecer em outro, saberei que vou conseguir chegar de volta ao topo, pois meus braços estão bem mais fortes para enfrentar qualquer subida que em minha vida apareça.

E agora, olhando-me em qualquer que seja o lago, posso perceber meu reflexo bem mais nítido. Perceber, ainda, que quando finalmente desloquei-me daquele centro angustioso, passei a enxergar a imensidão do mundo. Hoje tenho certeza de que para conseguir conquistá-lo, só me faltava dar o primeiro passo - ou a primeira braçada. E eu consegui.

domingo, 12 de abril de 2009

Arte singularizada

É encantador o momento no qual vê-se uma imagem agradável, daquelas transmissoras de leveza singular, incomum... Nestes momentos, então, as artes estão fazendo-se presentes aos sentidos humanos. Diferenciadamente. Porém, para quem as sente, puras artes.

É um absurdo que existam os pseudointelectuais que julgam de mal gosto certos arranjos brotarem das baixas camadas. O que acontece, porém, o que eu entendo, é a imagem de algo de não foi conquistado pelos mais "cultos", os quais, por fim, determinam-se a arruinar e degradar a arte criada por alguém considerado menor.

Vê-se, pois, o preconceito e a falta de humildade, posto que arte é simplesmente tudo aquilo apreciável, admirável, consagrável, seja ela uma pintura, escultura, literatura, uma melodia singela e relaxante, ou ainda, uma pessoa agradável e admirável, a qual faz com que queiramos evoluir e conquistá-la mais a cada dia.

Arte é tudo que nos faz melhorar, seja para sempre, seja por um momento. E a arte da convivência é, para mim, a mais encantadora de todas, pois ela envolve tudo já citado, além de grandes virtudes, tais como a paciência, a lealdade e o amor.
Libertar o coração dos maus sentimentos já é uma razão para ser feliz. *=)

sábado, 11 de abril de 2009

Há pessoas que julgam as atitudes alheias, mesmo não sendo estas juízes nem mesmo qualificadas para tal.

Há aquelas que além do julgamento difamam outrem para benefício próprio, quando na verdade o maior desejo escondido em seu coração é ser ao menos uma parte desta outra pessoa...

Há ainda as que julgam, difamam e como se não bastasse fazem das atitudes da outra pessoa base... Para fazer exatamente igual.

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Eu não sei porque ainda fico impressionada com isso. Seria, talvez, pelo fato de acreditar que as pessoas realmente fazem aquilo que dizem. Entretanto, deveria eu perceber que as pessoas, em sua excelente maioria, usam máscaras; fazem com que as coisas pareçam e não sejam de fato. Desejam fazer parecer que a outra pessoa está recheada de defeitos absurdos... Os quais se fazem presentes, verdadeiramente, nas que julgam, nas que difamam.... E simpelsmente acontece uma farsa, na qual o mocinho é de fato vilão e o mundo muitas vezes cai nesta grande armação.

Porém, o que acontece de fato é o desejo que essa maioria tem de parecer ou ainda ser outra pessoa.