quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Quinta Categoria do Ser

Uma vez li que as pessoas poderiam ser classificadas em quatro categorias:

A primeira seria aquela em que necessita-se dos olhos alheios dos anônimos.
Na minha opinião esta seria a categoria de quem tem um ego a exibir...

A segunda se dava às pessoas que necessitavam do olhar fiel de familiares.
A estas, declararia que sofrem de carência afetiva circular, traumas que perdurarão por toda uma vida... É uma chaga que nem o tempo um dia poderá curar...

A terceira devia-se aos necessitados do olhar atento da pessoa amada.
Bem, para mim, estas se encaixam sucintamente na submissão a um amor, nada mais admirável quando correspondido... Um amor que carece de demonstrações constantes. De publicações para si mesmo...

A quarta, por fim, seria a categoria das pessoas que vivem sob um olhar imaginário de alguém que, mitologicamente, sustenta a existência dessas pessoas...
Seriam estas, ao meu ver, pessoas fragilizadas demais para dependerem de um olhar real, porque declarando dependência a um olhar imaginário, a possibilidade de uma decepção seria mais ou menos controlada por si mesmo. E o sofrimento passaria de consequência a um estado opcional...

Mas então... Seria assim mesmo a partição das personalidades e espíritos?

Em minha opinião, o que existe de fato são momentos em que todos nós estamos enquadradaos em cada uma dessas categorias. Uma a uma. Duas a duas. Embaralhando e interiorizando todas. Pois a existência em si é um conjunto de todos os nossos seres.

Mas o que de fato assusta é saber que podemos ser pesadamente todas e ao mesmo tempo sermos tão leves a ponto de carregarmos apenas um estado de espírito. Ou, simplesmente, o desejo de pararmos de pensar por um minuto...

Leve e pesado, pesado e leve...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Não tenho medo de dizer besteiras!
O que de fato me deixa nauseada é a possibilidade de não poder falar...

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Traçando pessoas



Ora!

Enxergar tudo como se é apresentado, nunca contestar, nunca desconfiar, sequer tentar descobrir o que há por trás da face alheia. Em silêncio, concentrando-se.

Psiu!

Parar um só momento para ouvir o não dito, analisar o redito e saber concluir...
Ser atento o bastante para observar sem ser visto, esclarecer as idéias, tão ocultas, tão bem guardadas por quem diz sem querer dizer. Ou mesmo ditas envoltas por máscaras de ouro de tolo.

Ei!

Florescer a graça de saber transmitir mensagens sem o exagero da clareza... É a brilhante certeza do ascender ao mundo imaterial...

Viva!

É o trunfo de quem sabe ver: fechar os olhos e enxergar além do que está diante, claramente, de si.

Perceba!

Saber calar na hora certa, saber reagir no mesmo contexto... E conviver com o dito escondido pela vergonha que esboça e finaliza a face do falante... Aquele que, quando é descoberto, cinicamente nega a veracidade dos fatos...

Realize!

E assim declaro silêncio quando necessário, pois para ver além do óbvio é preciso algo mais que um mero par de olhos...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Feche os olhos para enxergar

Há coisas em nossa vida que deixamos de perceber por não estarem explícitas, por não fazermos importância nelas. Mas já pensou se você fosse a mão esquerda de um destro? Certamente sentiria-se desprezado, esquecido, desolado. Sua utilidade seria quase zero.

A vivacidade está nas entranhas profundas, no corriqueiro, nas turvas mensagens. E vale a pena decifrá-los com a alma...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Devaneios da Enigmática

Meu semblante reflete meus desejos...
Não julgue! Apenas entenda o que se passa...
O ser humano peca por acreditar em tudo que está diante de seus olhos.
A bipolaridade que exalta a unidade.
Que minha alma se exiba e iniba a face de meu corpo...
Multiplicidade de ser Bárbara.
É o fardo que carrego que me permite voar.
Que minha personalidade encubra e exima minha aparência...
O peso da leveza, ou a leveza do peso?
A tranquilidade de saber que tudo vale ao menos um minuto.
Por que aparência?
Aparencionalidade
O sorriso de Monalisa
E ao refletir-me, prefiro enxergar minha alma.
A sorte de poder errar.
Acreditar é a melhor das forças!
Não faça muitas perguntas... Permita à sua alma enxergar!
E agir com o próximo como se fosse a última vez...

As minhas escolhas não são preferência nacional...

!!!

Em poucas tentativas tento externar o que de intrínseco há em mim,
mesmo que saiba ser tarefa inerte, quem sabe até impotente,
Quero jogar a quem lê um pouco de mim
Para que assim, não chegem a saber ao certo,
mas entendam um pouco os devaneios de meu enigma...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Aparencionalidade

Estive pensando: por que as pessoas conseguem ser tão desprezíveis ao ponto de julgar outrem, baseando-se na aparência daquela pessoa? Como é possível que o grito da personalidade silencie e todos virem meros ícones?

É, estive pensando...

Você chega em uma loja, estando simples, como quem pegou qualquer coisa no guarda-roupas, as atendentes já vão, obrigadas, crentes de que você "só está olhando"...
Ou, em situação oposta, na qual você se encontra em estado arrumadinho, as atendentes são só sorrisos e oferendas.

Ou ainda, o fator amizade. Até a amizade virou objeto de consumo? Te recebem no grupo porque possues aquele iFone? Muito acolhedor!

Empiricamente testado.

Puxa vida, onde foi parar o valor humano? As pessoas só vêem grifes e a última tecnologia. A sociedade te obriga a usar isto ou aquilo e caso não se queira usar, você é praticamente invisível...
O pior é que são coisas altamente fúteis e que nem há necessidade de ter. É mais uma jogada do capitalismo para que as pessoas consumam por necessidade "da alma"... E tem 70% de pessoas fofíssimas que se deixam levar...

Onde foi parar o bem estar e o conforto autônomo?

O que eu me pergunto é: se dinheiro é sinal de valor intrínseco, por que há tantos políticos, ricos, corruptos e mesquinhos e um assalariado de alma tão nobre?
É, existe, claro, mistura, ninguém é tão bonzinho... As pessoas são esféricas.
Mas e aí?
Por que parecer que você possui alguma coisa é tão importante?
Qual o valor do "mostrar"?

Anúncio: Vende-se felicidade, seja rico, seja feliz... ¬¬'

Pior do que o ácaro que impõe, é o alérgico que aceita!

Sinceridade, sinceridade... É muito melhor saber que te querem bem por aquilo que emerge de sua essência...


Então a pergunta que não quer calar: por quê aparência?