sexta-feira, 4 de maio de 2012

21 de Março de 2012, Quarta-feira. Madrugada.

Uma urgência em te ter pertinho logo.
(talvez eu tenha a famosa [e clichê] pressa, o tal desespero, dos jovens, que têm em dez anos metade de suas vidas. E é isso suficiente para que se apressem em fazer suas vontades com certo desespero mesmo, refletindo a fugacidade da realidade que conhecem. A vagueza de certezas do que se pode chamar de "longo prazo" e a aflição de talvez não se conseguir realizar todos os 187 itens da lista de coisas a fazer antes dem morrer. O "aqui e agora". Já que, para eles, dez anos são todo o tempo que conhecem como metade da vida, o que, para alguns, pode ser o tempo suficiente da quase morte. Talvez ajude a justificar minhas vontades - cheias da tal pressa desesperada -, que, muitas delas, em suas infinidades, correm pra ti.)

- É o autor Saudade quem assina essa carta.

Eu diria agora que, olhando mais atentamente, minhas vontades se manifestam racionalmente e geralmente vêm cheias de sobriedade. Mas isso quando elas não têm nada a ver com você.

Anti-antídoto
da loucura,
traz, ele, em si
por todo o ser
- o ser em si, 
se fazendo em dois -
felicidade.

É você inteiro, nutrindo o autor-de-cartas outra vez: no aqui e no agora.

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